Características
O transtorno se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo. Existem vários graus de manifestação do TDAH, que recebe às vezes o nome DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou SDA (Síndrome do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, as iniciais de Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD.)
Na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mudial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que, por tratar-se de um Transtorno Social, o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos.
Segundo Rohde e Benczick o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. Os autores Rohde e Benczich, caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.
] Diferenciais
- Têm muitos talentos criativos, que geralmente não aparecem até que o TDAH seja tratado[carece de fontes ]
- Demonstram ter pensamento original, "fora da caixa"[carece de fontes ]
- Tendem a adotar um jeito diferente de encarar a própria vida. Costumam ser imprevisíveis na maneira como abordam diferentes assuntos
- Persistência e resiliência são suas características marcantes - mas, cuidado, às vezes podem parecer cabeças-duras[carece de fontes ]
- São geralmente muito afetivos e de comportamento generoso[carece de fontes ]
- São altamente intuitivos[carece de fontes ]
- Difícil aprendizado mas fora da escola demonstram ter uma inteligência acima da média para muitas coisas[carece de fontes ]
Problemas
- Grande dificuldade para transformar suas grandes idéias em ação verdadeira[carece de fontes ]
- Problemas para se fazer entender ou explicar seus pontos de vista[carece de fontes ]
- Falta crônica de iniciativa[carece de fontes ]
- Humor volúvel, da raiva para a tristeza rapidamente
- Pouca ou nenhuma tolerância à frustração
- Problemas com organização e gerenciamento do tempo
- Necessidade incessante de adrenalina. Inconscientemente, podem provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo
- Tendência ao isolamento e à solidão[carece de fontes ]
- Raramente conseguem aprender com os próprios erros[carece de fontes ]
Sintomas relacionados à desatenção
- Não prestar atenção a detalhes;
- ter dificuldade para concentrar-se;
- não prestar atenção ao que lhe é dito;
- ter dificuldade em seguir regras e instruções;
- desvia a atenção com outras atividades;
- não terminar o que começa;
- ser desorganizado;
- evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
- perder coisas importantes;
- distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;
- esquecer compromissos e tarefas;
- problemas financeiros;
- tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas;
- dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo.
Os sintomas relacionados à hiperatividade/impulsividade
- ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado;
- não permanecer sentado por muito tempo;
- pular, correr excessivamente em situações inadequadas;
- sensação interna de inquietude;
- ser barulhento em atividades lúdicas;
- ser muito agitado;
- falar em demasia e sem pensar no que vai dizer;
- responder às perguntas antes de concluídas;
- ter dificuldade de esperar sua vez;
- intrometer-se em conversas ou jogos dos outros;
Causas
As pesquisas têm apresentado como possíveis causas de TDAH a hereditariedade, problemas durante a gravidez ou no parto, exposição a determinadas substâncias (chumbo) ou problemas familiares que propiciam o aparecimento predisposto geneticamente, como: um funcionamento familiar caótico, alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução, famílias com baixo nível socio-econômico, ou famílias com apenas um dos pais[carece de fontes ]. Tais problemas não originam tais disturbios mas os amplificam na sua existência.Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir então para o aparecimento desses comportamentos agressivos ou de uma oposição desafiante ou protetora nas crianças perante a sociedade[carece de fontes ]. Segundo Goldstein, alguns fatores podem propiciar o aparecimento, recluto geneticamente, do TDAH quando em condições favoráveis, por isso as causas do TDAH são de uma vulnerabilidade herdada ao transtorno que vai se manifestar de acordo com a presença de desencadeadores ambientais. A ansiedade, frustração, depressão ou criação imprópria podem levar ao comportamento hiperativo[carece de fontes ].
Quem pode diagnosticar TDAH
O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico, realizado por profissional que conheça profundamente o assunto, que necessariamente deve descartar outras doenças e transtornos, para então indicar o melhor tratamento.[1] O termo hiperatividade tem sido popularizado e muitas crianças rotuladas erroneamente. É preciso cuidado ao se caracterizar uma criança como portadora de TDAH. Somente um médico (preferencialmente psiquiatra) psicólogo especializado [1] ou terapeuta ocupacional podem confirmar a suspeita de outros profissionais de áreas afins, como fonoaudiólogos, educadores ou psicopedagogos, que devem encaminhar a criança para o devido diagnóstico. Existem testes e questionários, como o site da psicóloga Cleide Heloisa Partel, especialista em TDAH, que auxiliam o diagnóstico clínico [2] Hoje já se sabe que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro) responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro. Entretanto, é importante frisar que o cérebro deve ser visto como um órgão cujas partes apresentam grande interligação, fazendo com que outras áreas que possuam conexão com a região frontal possam não estar funcionando adequadamente, levando aos sintomas semelhantes aos de TDAH. Os neurotransmissores que parecem estar deficitários em quantidade ou funcionamento, em indivíduos com TDAH, são basicamente a dopamina e a noradrenalina, que precisam ser estimuladas através de medicações.Algumas pessoas precisam tomar estimulantes como forma de minorar os sintomas de déficit de atenção/hiperatividade, entretanto nem todas respondem positivamente ao tratamento. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.
O uso de medicamentos
O tratamento baseia-se em medicação se necessário e acompanhamento psicológico[2], fonoaudiológico, terapeuta ocupacional ou psicopedagógico. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamentos[1], como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua versão comercial), Bupropiona, Modafinil e Antidepressivos Tricíclicos como a Imipramina. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo, geneticamente oculto, ou de uma oposição desafiante ou protetora nas crianças perante a sociedade, o que pode ser denomiado de Hiperatividade de fundo social[carece de fontes ], diferente de TDAH.
Pessoas famosas com Transtorno do déficit de atenção
- Bill Cosby[3]
- Whoopi Goldberg[4]
- Michael Phelps[5]
- Vinicius Estillac Leal Teixeira
- Kurt Cobain[6]
Referências
- ↑ a b c TDAH:Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento. Portal Banco de Saúde. 2009. TDAH Guia Completo
- ↑ TDAH: Questionários e escalas. Associacao Brasileira do Déficit de Atenção. ABDA
- ↑ ADHD and Creative and Gifted Children (em Inglês). Gifted Children. Página visitada em 2010-05-20.
- ↑ Famous People with ADHD and Other Learning Disabilities (em Inglês). Página visitada em 2010-05-20.
- ↑ Built to swim, Phelps found a focus and refuge in water (em Inglês). USA Today. Página visitada em 2010-05-20.
- ↑ Suicídio é problema de saúde pública. Página visitada em 2010-11-09.
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