domingo, 12 de dezembro de 2010

TDAH

TDAH


Características
O transtorno se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo. Existem vários graus de manifestação do TDAH, que recebe às vezes o nome DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou SDA (Síndrome do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, as iniciais de Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD.)
Na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mudial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que, por tratar-se de um Transtorno Social, o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos.
Segundo Rohde e Benczick o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. Os autores Rohde e Benczich, caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.

A imagem da esquerda ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da direita de uma pessoa com TDAH. Há certa controvérsia sobre o estudo do Dr. Alan Zametkin que produziu estas imagens, pois as crianças que fizeram parte do estudo tinham maioritariamente disfunções severas.

] Diferenciais

  • Têm muitos talentos criativos, que geralmente não aparecem até que o TDAH seja tratado[carece de fontes?]
  • Demonstram ter pensamento original, "fora da caixa"[carece de fontes?]
  • Tendem a adotar um jeito diferente de encarar a própria vida. Costumam ser imprevisíveis na maneira como abordam diferentes assuntos
  • Persistência e resiliência são suas características marcantes - mas, cuidado, às vezes podem parecer cabeças-duras[carece de fontes?]
  • São geralmente muito afetivos e de comportamento generoso[carece de fontes?]
  • São altamente intuitivos[carece de fontes?]
  • Difícil aprendizado mas fora da escola demonstram ter uma inteligência acima da média para muitas coisas[carece de fontes?]

 Problemas

  • Grande dificuldade para transformar suas grandes idéias em ação verdadeira[carece de fontes?]
  • Problemas para se fazer entender ou explicar seus pontos de vista[carece de fontes?]
  • Falta crônica de iniciativa[carece de fontes?]
  • Humor volúvel, da raiva para a tristeza rapidamente
  • Pouca ou nenhuma tolerância à frustração
  • Problemas com organização e gerenciamento do tempo
  • Necessidade incessante de adrenalina. Inconscientemente, podem provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo
  • Tendência ao isolamento e à solidão[carece de fontes?]
  • Raramente conseguem aprender com os próprios erros[carece de fontes?]

 Sintomas relacionados à desatenção

  • Não prestar atenção a detalhes;
  • ter dificuldade para concentrar-se;
  • não prestar atenção ao que lhe é dito;
  • ter dificuldade em seguir regras e instruções;
  • desvia a atenção com outras atividades;
  • não terminar o que começa;
  • ser desorganizado;
  • evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
  • perder coisas importantes;
  • distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;
  • esquecer compromissos e tarefas;
  • problemas financeiros;
  • tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas;
  • dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo.

 Os sintomas relacionados à hiperatividade/impulsividade

  • ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado;
  • não permanecer sentado por muito tempo;
  • pular, correr excessivamente em situações inadequadas;
  • sensação interna de inquietude;
  • ser barulhento em atividades lúdicas;
  • ser muito agitado;
  • falar em demasia e sem pensar no que vai dizer;
  • responder às perguntas antes de concluídas;
  • ter dificuldade de esperar sua vez;
  • intrometer-se em conversas ou jogos dos outros;
Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses. Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo do que outras, interessantemente, crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDAH prestariam. Crianças com TDAH se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos no presente momento em troca de uma recompensa menor, embora mais imediata, ao invés de trabalhar mais por uma recompensa maior disponível apenas adiante. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam, em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagrádaveis e enfadonhas.

 Causas

As pesquisas têm apresentado como possíveis causas de TDAH a hereditariedade, problemas durante a gravidez ou no parto, exposição a determinadas substâncias (chumbo) ou problemas familiares que propiciam o aparecimento predisposto geneticamente, como: um funcionamento familiar caótico, alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução, famílias com baixo nível socio-econômico, ou famílias com apenas um dos pais[carece de fontes?]. Tais problemas não originam tais disturbios mas os amplificam na sua existência.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir então para o aparecimento desses comportamentos agressivos ou de uma oposição desafiante ou protetora nas crianças perante a sociedade[carece de fontes?]. Segundo Goldstein, alguns fatores podem propiciar o aparecimento, recluto geneticamente, do TDAH quando em condições favoráveis, por isso as causas do TDAH são de uma vulnerabilidade herdada ao transtorno que vai se manifestar de acordo com a presença de desencadeadores ambientais. A ansiedade, frustração, depressão ou criação imprópria podem levar ao comportamento hiperativo[carece de fontes?].

Quem pode diagnosticar TDAH

O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico, realizado por profissional que conheça profundamente o assunto, que necessariamente deve descartar outras doenças e transtornos, para então indicar o melhor tratamento.[1] O termo hiperatividade tem sido popularizado e muitas crianças rotuladas erroneamente. É preciso cuidado ao se caracterizar uma criança como portadora de TDAH. Somente um médico (preferencialmente psiquiatra) psicólogo especializado [1] ou terapeuta ocupacional podem confirmar a suspeita de outros profissionais de áreas afins, como fonoaudiólogos, educadores ou psicopedagogos, que devem encaminhar a criança para o devido diagnóstico. Existem testes e questionários, como o site da psicóloga Cleide Heloisa Partel, especialista em TDAH, que auxiliam o diagnóstico clínico [2] Hoje já se sabe que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro) responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro. Entretanto, é importante frisar que o cérebro deve ser visto como um órgão cujas partes apresentam grande interligação, fazendo com que outras áreas que possuam conexão com a região frontal possam não estar funcionando adequadamente, levando aos sintomas semelhantes aos de TDAH. Os neurotransmissores que parecem estar deficitários em quantidade ou funcionamento, em indivíduos com TDAH, são basicamente a dopamina e a noradrenalina, que precisam ser estimuladas através de medicações.
Algumas pessoas precisam tomar estimulantes como forma de minorar os sintomas de déficit de atenção/hiperatividade, entretanto nem todas respondem positivamente ao tratamento. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.

 O uso de medicamentos


O tratamento baseia-se em medicação se necessário e acompanhamento psicológico[2], fonoaudiológico, terapeuta ocupacional ou psicopedagógico. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamentos[1], como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua versão comercial), Bupropiona, Modafinil e Antidepressivos Tricíclicos como a Imipramina. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo, geneticamente oculto, ou de uma oposição desafiante ou protetora nas crianças perante a sociedade, o que pode ser denomiado de Hiperatividade de fundo social[carece de fontes?], diferente de TDAH.

Pessoas famosas com Transtorno do déficit de atenção

Referências

  1. a b c TDAH:Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento. Portal Banco de Saúde. 2009. TDAH Guia Completo
  2. TDAH: Questionários e escalas. Associacao Brasileira do Déficit de Atenção. ABDA
  3. ADHD and Creative and Gifted Children (em Inglês). Gifted Children. Página visitada em 2010-05-20.
  4. Famous People with ADHD and Other Learning Disabilities (em Inglês). Página visitada em 2010-05-20.
  5. Built to swim, Phelps found a focus and refuge in water (em Inglês). USA Today. Página visitada em 2010-05-20.
  6. Suicídio é problema de saúde pública. Página visitada em 2010-11-09.

 Ver também

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